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Volta Pra Cuba- parte 8- Um dia de turista e parte 2

13:29

Catedral da cidade de Havana, em Cuba. (David C. Fugazza)
O meu segundo dia na ilha prosseguia por caminhos bem conhecidos, da maioria dos turistas que decidem visitar Havana. Após passar pelo Capitólio, Museu da Revolução e de conhecer o Paseo del Prado, fui através de ruas estreitas até a Praça da Catedral.

Uma praça rodeada de pontos de cultura, hotéis e restaurantes, frequentada por cubanos, que ganham a vida do turismo e uma infinidade de pessoas das mais diversas nacionalidades. 


Antes de conhecer o que a região tinha a me oferecer, sentei na calçada e fiquei observando o comportamento das pessoas. Eram muitos turistas, daquele jeito mais clichê possível, câmeras gigantes de última geração, tirando foto de tudo, meia cano alto e sandália. Havia também muitos cubanos enxergando neles somente o símbolo do Euro, muitos cubanos vendendo sua arte, mas também muitos pedindo aquele velho trocado.
Leituras e previsões sobre o futuro. (David C. Fugazza) 
Depois dessas observações fui conhecer o interior da catedral, conhecida também como Catedral de la Virgen Maria de la Concepcion Inmaculada de La Habana e que é considerada patrimônio mundial pela UNESCO. A visitação é gratuita, mas se você quiser subir na torre, precisa pagar 1 Cuc.

Ao lado da catedral existe o “bar”, mais famoso de Havana, “La Bodeguita del Medio”, local frequentado por ilustres pessoas entre elas, Fidel Castro e Nat King Cole. No interior do bar, dezenas de turistas se espremem para experimentar a bebida mais famosa da ilha, o Mojito (bebida feita com rum, açúcar, suco de limão, água com gás e folha de hortelã) e ouvir canções como “Hasta Siempre Comandante” e “Chan Chan”, do grupo que toca ao vivo. 


O bar mais famoso de Havana, sempre muito procurado por turistas. (David C. Fugazza)
Ainda no interior do bar, muitas frases escritas nas paredes e muitas fotos dos seus mais conhecidos frequentadores. Do lado de fora, um escritor faz poesias, na hora, para as pessoas.

Por ser um local muito procurado, os arredores do bar se enchem de pessoas querendo fazer um dinheirinho, cachorro super herói, mulheres que leem a mão, vendedores de pintura e de música cubana e até a famosa senhora dos guias de turismo, que toda caracterizada cobra 2 Cuc’s para tirar foto com ela.
Essa senhora está em diversos guias, ela cobra 2 Cuc's, por foto. Eu não paguei, (David C. Fugazza) 
Confesso que todo aquele assédio não me atraiu muito, o que fez ir embora bem rápido. Caminhando sem rumo encontrei ruas bem charmosas, com restaurantes bem gostosos, bem diferente de outros bairros do município, comércios feitos para agradar turistas mesmo.

Nessas andanças encontrei o Palácio de las Artesanias, local que me chamou muito atenção, pelo prédio do século 18, talvez um local ideal para fazer umas fotos para minha mãe, que é artesã e quem sabe comprar alguns presentes.
Palácio de artesanatos, uma grande decepção para mim. (David C. Fugazza)
Para minha decepção, o que vi lá foi uma comercialização desenfreada da cultura cubana, camisetas do Che, de Varadero, charutos caríssimos e instrumentos musicais, nada com muita cara de artesanato local.

Após ver o preço de alguns produtos saí correndo de lá, mas confesso que o ar condicionado estava bem gostoso.

Disposto a encerrar meu dia de turista clássico, resolvi voltar por Malecón, mas foi impossível não parar em frente a Fortaleza de San Carlos de la Cabaña e ficar observando, mesmo que do outro lado do mar, aquele prédio incrível.
Fortaleza vista de Havana. (David C. Fugazza)
A volta para a casa foi cheia de emoção, parei em uma tenda, pedi um sorvete e fui embora, no meio do caminho dei conta que havia esquecido meu celular, voltei correndo e ele estava lá, no mesmo lugar, depois de vários minutos, ninguém havia mexido nele.

O comerciante disse que não deveria me preocupar, pois com certeza ninguém iria pegar, mas que eu me assustei, assustei, afinal, eu não teria dinheiro para comprar outro e perder todas as minhas fotos seria sofrido.

Continuei a volta e avistei uma senhora em uma sacada, pedi para tirar a foto, em seguida uma moça também quis tirar, no primeiro diálogo descobri que era uma brasileira chamada Luana e para minha surpresa também era jornalista.

Depois de bater muito papo, combinamos de conhecer alguns pontos juntos, no dia seguinte.


Voltei para casa e fiquei conversando com Osmara, que me contou que os pequenos cubanos tinham uma ótima educação, mas que estavam esquecendo de alguns princípios básicos de respeito, como tratar bem os mais velhos, etc.

A noite fui novamente andar pelo Malecón e me deparei com um concerto de rock, em frente à embaixada dos Estados Unidos. Era o Festival Pátria Grande que contava com a participação de bandas do México, Argentina, Chile, Colombia e Cuba. Apesar de rolar umas rodas de bate cabeça, eu me segurei e fiquei na minha.

Legal que todos esses eventos são gratuitos e o esquema de segurança é muito bom. Os shows acontecem na rua, mas a polícia faz uma barreira, quem quiser assistir tem que passar por revista pessoal.


Momentos de inspirações; (David C. Fugazza)


Esse foi meu segundo dia, louco para começar o terceiro, que trarei pra vocês no próximo capítulo.





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