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Volta Pra Cuba- parte 7- Pontos turísticos

14:20

O Capitólio foi por muitos anos, o prédio mais alto de Havana. (David C. Fugazza)
Apesar de adepto dos passeios mais undergrounds, impossível não reservar um ou dois dias, para conhecer os pontos turísticos mais badalados e tirar umas fotos.

Por isso, meu segundo dia na ilha foi para conhecer esse lado da cidade, chamada de Havana Velha e o Centro de Havana.

Foram mais ou menos 10 km caminhando por bairros muito peculiares, onde os velhos carros se misturam as antigas casas e ruas com bastante sujeira.
As ruas dos bairros, em Havana, Cuba (David C. Fugazza)
Pelo caminho, matei minha curiosidade e conheci uma carnicería, o que seria equivalente a um açougue aqui no Brasil. Confesso que não foi nada agradável ver a forma que eles armazenam as carnes. São basicamente garagens, onde as pessoas expõem os alimentos em um balcão, sem nenhuma refrigeração.

Por essas e por outras que evitei comer carne bovina, mas eu comi. Aliás, dizem que cubanos são proibidos de consumir esse tipo de alimento, mas eu os vi comendo.
Os açougues, em Havana, sem nenhuma refrigeração. (David C. Fugazza)
No caminho também pude ver algumas feiras livres de alimentos, assim como as nossas feiras e o Bairro Chinês.

O primeiro ponto de chegada foi o imponente Capitólio, uma construção vista em diversos pontos da cidade. Não foi possível conhecer por dentro, pois ele estava passando por uma grande reforma. É uma réplica do Capitólio de Washington, nos Estados Unidos e abriga atualmente a Academia Cubana de Ciências. Logo após a revolução foi sede do governo.

Ao lado do Capitólio ficam alguns dos grandes hotéis cubanos. Nessa região se encontra o Parque da Fraternidade, local de onde sai o Havana Bus Tour, que é mais uma opção para aqueles que pretendem passear pelos principais pontos da cidade, por 5 CUC’s.
Parque da Fraternidade, local com grande concentração de turistas e hotéis. (David C. Fugazza)
Outro ponto super agradável, localizado nas proximidades, é o Paseo del Prado, que é um calçadão no meio de uma importante avenida. Local onde os jovens cubanos se reúnem, assim como estudantes fazem educação física e se misturam com turistas.


Paseo do Prado, local de encontro entre o esporte e a arte, turistas e cubanos. (David C. Fugazza)
Local também abriga feiras de artesanatos e um grande classificado ao ar livre, onde as pessoas vendem de tudo, desde carros, até casas.

Foi nesse local que encontrei o pessoal do skate e cumpri umas das minhas missões em Havana, mostrar para eles o documentário “AmigoSkate Cuba” (Clique para ver o documentário), dirigido pelo meu amigo carioca, Luiz Furtado.

Skatistas que participaram do documentário. (David C. Fugazza)
 Os protagonistas desse documentário, que mostra um pouco da situação do esporte em Cuba, nunca haviam tido a oportunidade de assistir ao filme.

Enquanto mostrava do meu celular o documentário, pude perceber que não é fácil a vida dos amantes do carrinho. Fomos “enquadrados”, por policiais, que logo pediram as carteiras de identidade e provavelmente dariam uma multa, só pelo fato de andarem de skate naquele local público. Mas tudo bem, valeu a pena ver a satisfação nos olhos daqueles guerreiros do asfalto.
Momento em que fomos "enquadrados pela polícia". (David C. Fugazza)
Meu segundo destino do dia era também um local que eu desejava muito conhecer, o famoso Museu de la Revolucion. A entrada custa 8 CUC’s.

Todos os museus são pagos e os valores são diferentes para turistas e cubanos. Pude ver várias excursões escolares nesses locais. 
Prédio que abrigou o Palácio do ditador Batista, hoje mostra a vitória da Revolução. (David C. Fugazza) 
O prédio onde está localizado o Museu da Revolução foi também o palácio presidencial, ocupado por Fulgêncio Batista, ditador derrotado pela Revolução Cubana, liderada por Fidel e Che, em 1959.

Na entrada do prédio, um tanque de guerra, calibre 100 mm, usado por Fidel na invasão de Giron, em 1961.
Tanque de guerra usado por Fidel Castro, na invasão de Giron, em 1961. (David C. Fugazza)
No interior do edifício, passo a passo de história da revolução, desde a sua concepção com o herói José Marti, passando pelo assalto ao quartel de Moncada até o combate em Sierra Maestra e entrada triunfante pela cidade de Havana.
Rincon dos Cretinos- Governantes estadunidenses que mais atacaram Cuba, junto com ditador Batista. (David C. Fugazza)
Instrumento de tortura usado pelo governo de Batista. (David C. Fugazza)
Uniforme de combate na Revolução Cubana. (David C. Fugazza)
Pistola usada pelos revolucionários. (David C. Fugazza)
O museu contém bastantes informações sobre o movimento 26 de Julio, muitas fotos, cartas, armas e utensílios usados na época. Além de materiais sobre as melhorias implementadas pela revolução, como a educação.

Dentro do museu estão disponíveis para visitação tanques de guerra, automóveis, aviões e o iate Granma, que levou os revolucionários do México até Cuba, em uma viagem cheia de contra tempos.

Estátua de cera de Che e Camilo Cienfuegos. (David C. Fugazza)


Foi uma viagem no tempo. Pude visualizar tudo o que eu havia lido nos livros. A cada sala que eu passava me sentia mais dentro da revolução. Certamente foi um passeio e tanto.

Por ali passam centenas de turistas por dia, normalmente estadunidenses ou europeus. Eu, como um grande curioso morri de vontade de saber o que eles estavam pensando ao conhecer o outro lado da história, um lado que eles não devem aprender nas escolas. Conhecer um pouco do mal que "eles" fizeram aos latinos. 

Fiquei imaginando o que os estadunidenses pensavam ao ver seu país e alguns dos seus comandantes sendo chamados de tiranos.

Mas meu dia não acabou por ai não, mas na semana que vem eu conto como ele terminou.



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